Produzir mais e melhor, em tempos de crise

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Andre Luis de Moraes - DuPont

Essas são as recomendações da DuPont, empresa que oferece amplo leque de tecnologias para dar suporte aos produtores.

A DuPont é bastante reconhecida no mercado por sua transparência e prestação de assistência técnica em alto nível, além de qualidade de produtos, independentemente da conjuntura econômica de determinadas culturas, em cada safra, ou até geral do País. Tal postura é que dá à marca toda a credibilidade que possui. Em um ano difícil para o Brasil, em termos de expectativas econômicas, forte aperto no crédito e crise institucional, agentes importantes do agronegócio têm pregado aperto de cintos, muitos aconselhando corte de custos. Mas este é o melhor caminho? André Moraes, engenheiro agrônomo e líder de Marketing da DuPont do Brasil, pensa diferente e reforça que a próxima safra “não vai aceitar erros. É preciso muito planejamento e trabalho, pois a melhor pedida é incrementar a produtividade, já que os custos serão altos e os preços praticados no futuro, grandes incógnitas”.

AgroRevenda – Especialistas da sojicultora vislumbram os custos de produção da safra da 2015/2016 como os mais onerosos da história. Todos eles também atentam para o planejamento como diferença entre maior ou menor lucro – e até prejuízo – uma vez que não se consegue projetar com segurança os preços praticados nos grãos. Para quais pontos a DuPont poderia chamar a atenção do produtor no seu planejamento, diante de posições mais conservadoras dos especialistas?

 André Moraes – A DuPont entende que os produtores, de modo geral, devem avaliar em profundidade seu trabalho, ponderando o que fazem bem e o que nem tanto. Em resumo, olhar quais tarefas e procedimentos podem ser melhorados no processo. A conjuntura pede para que eles maximizem a produtividade por hectare visando o máximo de lucro no final da safra. Então, eles começam pensando: – Vou utilizar sementes mais caras, mas que vão me ajudar nessa tarefa de produzir mais por hectare; ou vou trabalhar com sementes mais em conta que, no entanto, não vão me dar a resposta que preciso? Por outro lado, no meu planejamento, vou acompanhar bem de perto todas as etapas, de modo que eu possa intervir com pontualidade nos problemas e decisões; ou eu vou levar mais tranquilo e perderei tempo remediando problemas? É bom compreender que os custos comerão certo número de sacas produzidas; logo, o que os produtores tem de ter em mente é como eles poderão produzir as sacas extras, justamente as que podem ser um diferencial de renda. Isso muda a visão do planejamento. Pensando no exemplo das sementes, pergunto: – Quais efetivamente são as de melhor potencial genético? A resposta levará a conclusão de que é preciso investir nelas. Em seguida pergunto sobre o solo: – Ele oferece todos os nutrientes necessários à cultura que estou planejando? O solo está livre de ameaças a germinação das sementes? As respostas podem exigir cuidar do solo primeiro para que as boas sementes adquiridas germinem com o maior potencial possível. Tudo isso vai entrando no planejamento, bem como as tecnologias que serão utilizadas: do tratamento das sementes até o método de colheita. O processo ainda incorpora como será todo o monitoramento rigoroso da lavoura, por exemplo, para acompanhar clima e ataque de pragas. O ano de 2015 é para se fazer a coisa certa e não errar, de modo a evitar o desperdício de dinheiro.

 AgroRevenda – O pré-plantio é uma etapa crucial do processo. Quais são as recomendações básicas da DuPont e o que o Lannate pode garantir de retorno aos produtores? Quais as configurações ideais para o uso do produto?

André Moraes – O pré-plantio é a hora em que o produtor diz: – Agora meu investimento vai para o chão. No planejamento pronto é o momento de saber como está o solo, como está seu banco de nutrientes, da adubação, de definir qual a tecnologia que vou utilizar para alcançar o retorno almejado. Hora de conhecer em detalhes o que pode complicar e colocar em risco os objetivos. Do ponto de vista das sementes, qual o produto que vai entrar junto com elas na terra? Quanto maior o percentual delas que emergir, o mais próximo de 100%, mais estará sendo garantido o melhor estande. Deve-se perguntar se existem pragas, quais são e quais os estágios em que se encontram? Há plantas que possam ser hospedeiras de doenças com potencial de propagação? É um momento importante de avaliação e que diz o que deve ser feito. Vale sempre lembrar que nosso ambiente tropical, diferente do temperado, favorece a constante multiplicação dos organismos, inclusive dos indesejáveis para cultura a ser levantada. Neste contexto, o Lannate é um inseticida que, quando utilizado no pré-plantio, tem uma ação eficaz na diminuição das pragas existentes, nos seus vários estágios de vida. Seu uso aumenta substancialmente a proteção das plantas que estão germinando sem a presença de pragas pequenas, médias ou grandes. O estande de plantas vem em um ambiente muito mais favorável para o seu desenvolvimento e com todo o vigor.

AgroRevenda – Os mesmos especialistas da sojicultora entendem que o Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma das ferramentas que poderão ajudar os produtores a reduzir custos. Além do Premio, um produto consagrado, quais as observações técnicas que a DuPont tem a fazer aos sojicultores?

André Moraes – Neste MIP podemos incluir também doenças. Para se pensar nele é preciso voltar no tempo e olhar friamente no trabalho realizado até aqui. O sojicultor deve-se perguntar se ele maneja bem. No caso de rotação de culturas, se ele o faz bem. Será que ele realiza o vazio sanitário para conter o ataque de pragas ou de uma doença, de modo a baixar a infestação? Será que ele sabe qual o manejo químico necessário para ser realizado junto com o cultural e biológico? Conhece as melhores tecnologias a serem empregadas, eliminando reaplicações, o retorno de maquinários ao campo e o aumento das operações; ou seja, tudo aquilo que aumenta custos? Manejar bem é favorecer todo o ambiente necessário para o máximo de produção da lavoura em condições ideais. Sabendo da presença de pragas como  Helicoverpa sp. ou a falsa medideira, você deve saber qual melhor tecnologia a ser utilizada para o controle: Premio®,  Avatar®, entre outros. Se a praga está no solo, utilizamos o inseticida Dermacor® também para proteger as sementes. São insumos que apoiam o produtor na missão de garantir o já tão falado ambiente favorável à cultura. Há ainda o Aproach Prima® como fungicida. Tecnologias não faltam.

AgroRevenda – O vigor da planta que nasce é meio caminho andado para a produtividade. Quais as recomendações da DuPont para este quesito e o que a empresa oferece para apoiar o produtor, em termos de produto?

André Moraes – Do plantio até a emergência de plantas vigorosas, vários fatores podem atuar negativamente sobre o potencial produtivo da cultura,  causando diminuição de stand, plantas doentes ou atacadas por insetos. É muito importante o manejo do agricultor sobre esses fatores para garantir que o ciclo da cultura finalize com plantas sadias e expressando o seu máximo potencial. Após o plantio, o grande investimento já foi realizado, o importante agora é manejar e proteger esse investimento.  Para a proteção da lavoura e garantia de produtividade, a DuPont apresenta uma linha completa de produtos (novas tecnologias) que colaboram na proteção de sementes como o Dermacor®, proteção contra doenças como Aproach Prima® e proteção contra insetos como Premio®.

AgroRevenda – Nem só de lagartas depende o prejuízo na safra. Também as plantas invasoras são uma ameaça considerável. Neste segmento há produtos genéricos prometendo a mesma eficiência de um Classic. Quais são, concretamente, essas ameaças e as diferenças que um produto consagrado pode trazer à lavoura?

André Moraes – A DuPont é uma empresa com mais de 200 anos de história e sempre focada nas necessidades de seus clientes. Por meio de muito investimento em pesquisa e inovação, ela busca constantemente o lançamento de produtos mais eficientes no suporte aos interesses dos agricultores. Esse é o grande diferencial de suas tecnologias disponíveis no mercado. Ela se traduz em segurança e garantia de retorno. Quanto às ameaças, eu já vi de tudo. São muitas e penso ser alvo de outra abordagem, pois há muito o quê falar.

AgroRevenda – Na lavoura de milho, outra gigante no País, um grande desafio é manter a sanidade da parte aérea das plantas. O fungicida Aproach Prima® tem se mostrado um grande aliado já há dois anos. Quais são as adequações do produto e principais atributos?

André Moraes – Até algum tempo atrás a cultura do milho não recebia aplicações de fungicidas porque acreditava-se que não havia necessidade de proteção das folhas contra as doenças, não havia um dano que comprometesse a produtividade. Atualmente isso mudou, o s produtores sabem da importância da proteção das plantas contra doenças e que têm um retorno no uso de fungicidas.  Aproach Prima® é um fungicida de absorção rápida, de maior mobilidade na planta e  resistente à ação de chuvas (lavagem das folhas). Essa proteção garante que as folhas do milho poderão trabalhar na sua capacidade fotossintética e expressar o seu máximo potencial produtivo.

AgroRevenda – Em todo este contexto, as agrorrevendas desempenham um papel importante, pois elas estão na condição de interlocutoras da qualidade e do próprio diferencial de sucesso da próxima safra 2015/2016. O que a DuPont disponibiliza para esse elo importante da cadeia produtiva, enquanto suporte e munição de informações?

André Moraes – Esse é um elo importantíssimo da cadeia. A qualidade de conhecimento desses agentes sobre as tecnologias disponíveis no balcão deve ser muito alta. Além disso, precisam dominar as conjunturas de todas as culturas do seu raio de atuação, para que possam oferecer a melhor resposta aos clientes. Em resumo, precisam conhecer planta, solo, equipamentos, defensivos, o potencial genético dessa ou daquela semente, as novas tecnologias que entram diariamente no mercado e apoiar com o que há de melhor para levar benefícios efetivos aos agricultores. As agrorrevendas são simplesmente o pessoal da linha de frente do trabalho, pela proximidade com as lavouras. Por isso, a DuPont oferece treinamento e capacitação de forma contínua no campo e em seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento  em Paulínia (SP). Basta contatar-nos. Queremos domínio e familiaridade com nossos produtos, no início, meio e fim dos respectivos ciclos culturais. Precisamos que os profissionais envolvidos diretamente nas agrorrevendas possam de fato conhecer na intimidade e atender as reais necessidades de seus clientes. Há sempre muito que se explicar aos produtores. Esta é uma realidade de cada safra, pois uma não é igual à outra. É efetivamente dar suporte. Os bons resultados estreitam vínculos e aumentam a credibilidade entre os elos da cadeia produtiva. Na verdade, avalio que o sistema certamente se retroalimenta, pois a DuPont também ouve muito as demais partes para se manter no rumo certo.

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