ABIC reúne três mil pessoas para falar da bebida que fez a história do Brasil
A Plataforma AgroRevenda participou pela primeira vez do Encontro do Café (ENCAFÉ), evento realizado a cada dois anos pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), em abril passado. A 30ª edição reuniu em Campinas (SP) três mil participantes, durante três dias, que acompanharam 50 palestras experiências sensoriais, networking com toda a cadeia produtiva, feira de negócios, novos equipamentos, além da primeira etapa do Campeonato de Blends de Café deste ano e a segunda edição da Olimpíada do Café, duas competições que visam destacar e premiar os melhores profissionais e produtos do setor. Torrefadores, baristas, Produtores, empreendedores, executivos e cooperativas em um formato redesenhado, mais interativo e dinâmico, mergulhando num mercado absolutamente distinto para o produto, que sofreu com fortes perdas de produção nos principais países fornecedores e uma intensa valorização do grão no planeta inteiro, Brasil incluído.
A primeira palestra foi conduzida pelo economista, sociólogo e diplomata Marcos Troyjo, que analisou as tendências e práticas inovadoras mundiais. Na sequência, Bill Murray, presidente da National Coffee Association (NCA), falou sobre o crescimento do consumo nos Estados Unidos. “O consumo de café entre os americanos tem sido consistente nos últimos anos. 66% da população relatam consumir café todos os dias. E os jovens são os que mais bebem. Já a média diária do americano é de três xícaras por dia. E o mercado cafeeiro é movido por incertezas e oportunidades. Nos últimos anos, a concorrência do café com outras bebidas cafeinadas nos EUA explodiu. Porém, a população ainda prefere o café porque ele traz energia”, explicou Bill. As outras apresentações giraram em torno de temas como embalagens estratégias, torradores portáteis, marcas próprias, cardápios, mentiras na internet e nova comunicação.
O Brasil é o maior produtor do mundo de café, com 55 milhões de sacas de 60 quilos por ano, e o líder exportador mundial, com 47 milhões de sacas, e atua com a cultura há mais de dois séculos, tendo o produto como um dos motores mais importantes da economia nacional.
