O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) apresenta sua mais nova cultivar de feijão carioca: a IAC 2560 Nelore é tolerante ao escurecimento dos grãos e tem alta tolerância à antracnose, importante doença do feijoeiro. Possui potencial produtivo de 70 sacas, por hectare. Com caldo espesso de alta qualidade, conquista excelente aceitação no mercado, tendo sido testado e aprovado pela indústria. Este novo material chega para complementar o IAC 2051, que é o carioca mais procurado no Instituto, por todas as suas qualidades e cultivado em diversos estados, mas é suscetível para a antracnose. O público poderá conhecer a novidade na Agrishow 2025, de 28 de abril a 2 de maio, em Ribeirão Preto, interior paulista.
O IAC 2560 Nelore é resistente a várias raças fisiológicas do patógeno, que acometem o feijoeiro no Brasil. “Nós o desenvolvemos em função da cultivar IAC 2051, o nosso carro-chefe atualmente. Apesar de todas as qualidades que ele tem, como produtividade, grão claro, escurecimento muito lento, podendo ser armazenado por mais de um ano, ele apresenta suscetibilidade para a antracnose, doença fúngica que pode causar perdas de até 100% do feijoeiro. Por isso o Nelore foi desenvolvido para suprir essa suscetibilidade que o IAC 2051 tem para a antracnose”, explica Alisson Chiorato, pesquisador do IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Com o mesmo potencial produtivo, IAC 2560 Nelore também tem grão tolerante ao escurecimento. Esta característica agrada ao consumidor, que não quer um feijão escuro e favorece a cadeia produtiva, que pode armazená-lo por cerca de 12 meses, sem perder venda. Seu ciclo agronômico é médio normal, variando de 80 a 85 dias.
Outras cultivares IAC de grãos e fibras na Agrishow 2025:
Amendoim | Crotalária | Milho | Feijão | Feijão | Sorgo forrageiro |
IAC 677 | IAC 201 CS Crotalaria spectabilis | IAC Airan | IAC 2560 Nelore | IAC 2157 | IAC Santa Elisa |
IAC OL6 | IAC 201 CO Crotalaria ochroleuca | IAC 1849 Polaco | IAC 2358 Unamax | ||
IAC OL5 | IAC 1850 | IAC 2459 Navy | |||
IAC OL3 | IAC 2051 | IAC 2561 TIGER | |||
IAC 505 | IAC Veloz | IAC VU212 (feijão arroz) | |||
IAC 503 | IAC 2153 | IAC VR211 (feijão Mungo Verde) | |||
IAC 2156 | IAC VM211 (feijão Mungo preto) |
Amendoim
As variedades desenvolvidas pelo Programa de Melhoramento Genético de Amendoim do IAC ocupam cerca de 70% da área plantada com essa cultura em São Paulo, principal estado produtor e responsável por 80% de todo o amendoim nacional. Nessas áreas, as cultivares IAC 503 e IAC OL3 são, atualmente, as mais plantadas. Esses materiais genéticos IAC estão sendo plantados também em outros estados. A produção brasileira está em expansão e 75% do que é produzido é vendido para o mercado externo. Além da qualidade agronômica, os cultivares IAC são portadores da característica “Alto Oleico”, qualidade química que propicia uma vida útil mais longa do produto, além de torná-lo mais saudável como alimento.
“Com as mudanças tecnológicas da cultura do amendoim e as alterações climáticas dos últimos anos, as cultivares IAC 503, IAC 505, IAC 677 e IAC OL5 vêm ganhando mais espaço junto aos produtores. Além do seu alto potencial produtivo – de 6.000 a 7.000 quilos, por hectare – essas cultivares mostram tolerância a doenças foliares, à estiagem e à virose”, comenta o pesquisador Ignácio Godoy, que junto a Marcos Michelotto, coordena o Programa de Melhoramento do IAC. Ao longo dos últimos 20 anos, este Programa vem desenvolvendo, periodicamente, novas cultivares e promovendo a sua difusão aos produtores, por meio da produção de sementes genéticas, em uma parceria que envolve 22 empresas da cadeia de produção.
Cultivares IAC de café na Agrishow 2025: |
· IAC 125 RN |
· IAC Catuaí SH3 |
· Obatã Amarelo |
· Catuaí Amarelo IAC62 |
· Catuaí Vermelho IAC 99 |
· Obatã Vermelho |