A safra 2024 | 2025 na região Centro Sul do Brasil foi concluída com a moagem de 621,88 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
Uma queda de 4,98% sobre o ciclo anterior.
É um belo número.
A segunda maior moagem na história e um novo recorde na fabricação de etanol.
Mesmo com queda na produtividade agrícola.
Já a qualidade da matéria-prima colhida, medida por quilo de ATR por tonelada de cana-de-açúcar processada, registrou índice 1,33% superior ao valor apontado no último ano.
Foi um trabalho extremamente competente do setor.
Um ciclo agrícola marcado por uma série de desafios agronômicos, operacionais e climáticos.
O estresse hídrico ao longo dos meses de desenvolvimento da lavoura afetou a produtividade agrícola e a pureza do caldo da cana-de-açúcar processada, impactando o rendimento na fabricação de açúcar.
No segundo semestre de 2024, ainda teve a ocorrência de incêndios criminosos e acidentais em várias regiões produtoras, especialmente no Estado de São Paulo, que exigiram esforços das unidades produtoras para minimizar os danos causados.
A produção de açúcar totalizou 40,17 milhões de toneladas.
Redução de 5,31% em relação ao recorde histórico registrado no ciclo anterior, de 42,42 milhões de toneladas.
A produção de etanol registrou um novo recorde histórico: 34,96 bilhões de litros, crescimento de 4,06% em relação ao volume da safra anterior .
Destaque para a produção de etanol de milho, que atingiu 8,19 bilhões de litros, avanço de 30,70% na comparação com igual período do ano passado.
As vendas de etanol hidratado no mercado interno continuam em ritmo aquecido, com crescimento de 22,87% em comparação ao período anterior.
O consumo total de combustíveis pela frota leve avançou apenas 2,89%.
O resultado denota um aumento na participação do etanol hidratado no consumo total, refletindo a maior oferta do biocombustível e a sua competitividade na bomba.
Além da economia de R$ 6 bilhões gerada aos proprietários de veículos flex, o consumo de etanol evitou a emissão de 48,4 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
As vendas de etanol anidro domesticamente totalizou 12,18 bilhão de litros.
Com relação ao volume de etanol exportado, o ciclo 2024/2025 totalizou 1,67 bilhão de litros, uma queda de 32,80% em relação ao ciclo anterior, sendo 1,13 bilhão de litros (-19,98%) de etanol hidratado e 531,48 milhões (-49,93%) de etanol anidro.
Ainda falando sobre combustível saudável, dDados da B3 até o dia 8 de abril indicam a emissão de 11,76 milhões de créditos em 2025 pelos produtores de biocombustíveis.
A quantidade de CBios disponível para negociação em posse da parte obrigada, não obrigada e dos emissores, totaliza 22,36 milhões de créditos de descarbonização.
Somando os CBios disponíveis para comercialização e os créditos já aposentados para cumprimento da meta de 2025, antes mesmo do início oficial da safra 2025/2026, o setor de bioenergia já disponibilizou no mercado quase 60% dos títulos necessários para o atendimento integral da quantidade exigida pelo Programa para o final deste ano.
Atualmente, estão certificadas no RenovaBio 288 unidades produtoras de etanol, 4 unidades de biometano e 38 unidades de biodiesel.
A soma do volume comercializado por essas 332 empresas representa mais de 90% da produção de biocombustível no Brasil e denota o comprometimento ininterrupto do setor com as metas de descarbonização assumidas pelo Brasil.
Belíssimo trabalho!