O mercado cafeeiro de 2025 está em plena transformação, impulsionado pela crescente demanda global e pelos desafios climáticos que afetam a produção. Diante desse cenário, a irrigação por gotejamento tem se consolidado como uma solução estratégica para os cafeicultores, garantindo produtividade, qualidade e sustentabilidade. Segundo Murilo Tosta, especialista agronômico da Netafim, a alta nos preços do café tem incentivado os produtores a investirem em tecnologia. “Os preços em alta têm sido um grande incentivo para que os cafeicultores modernizem suas lavouras e adotem práticas mais eficientes. Com a irrigação, por exemplo, conseguimos garantir uma produção mais estável e de alta qualidade, independentemente das variações climáticas”, afirma.
O investimento em irrigação por gotejamento costuma se pagar entre dois e quatro anos, dependendo de fatores como tamanho da propriedade, manejo e condições climáticas. “Um produtor de café do Cerrado Mineiro, que aumentou sua produtividade de 25 sacas/ha para 50 sacas/ha e começou a vender como ‘café especial’, conseguiu retorno financeiro em aproximadamente dois anos”, explica Tosta.
Além do aumento da produtividade, a tecnologia proporciona maior previsibilidade da colheita, permitindo que os produtores negociem melhores preços e reduzam riscos climáticos. “O grande diferencial da irrigação por gotejamento está na otimização da produção e na previsibilidade da colheita”, destaca.
A irrigação por gotejamento pode dobrar ou até triplicar a produtividade do café. “Em áreas sem irrigação, a produtividade média varia entre 20 e 30 sacas por hectare. Com a adoção do gotejamento e um manejo adequado, esse número pode chegar a 50, 60 ou até 80 sacas por hectare”, explica Tosta. Além disso, a tecnologia reduz a bienalidade da produção, garantindo maior estabilidade ao longo dos anos.
A qualidade também melhora significativamente, pois o gotejamento mantém a umidade do solo em níveis ideais, resultando em uma florada mais homogênea e uma maturação uniforme dos frutos. “Quando a planta recebe água e nutrientes na medida certa, há menor incidência de grãos verdes ou mal formados, o que melhora a qualidade da bebida e aumenta o percentual de grãos peneira alta”, ressalta o especialista.
O sistema de irrigação por gotejamento se destaca pela eficiência no uso da água, sendo essencial para a cafeicultura moderna e para a resiliência diante das mudanças climáticas. Em uma fazenda de Minas Gerais, a adoção do gotejamento reduziu significativamente o consumo de água, eliminou a erosão do solo e melhorou a saúde das plantas, reduzindo o uso de fertilizantes e defensivos. “Em resumo, a irrigação por gotejamento não só economiza água, mas também promove práticas agrícolas mais sustentáveis, preservando o solo, protegendo os recursos hídricos e reduzindo os impactos ambientais da cafeicultura”, afirma Tosta.
Casos de Sucesso no Brasil
Nos últimos anos, diversas regiões cafeeiras têm aderido ao gotejamento, incluindo Cerrado Mineiro, Sul de Minas, Espírito Santo e Oeste da Bahia. “No Cerrado Mineiro, onde há uma estação seca bem definida, o gotejamento garante um suprimento hídrico contínuo, essencial para o pegamento da florada e o enchimento dos grãos”, diz Tosta. Já no Espírito Santo, onde predomina o café conilon, a irrigação por gotejamento é fundamental devido à alta demanda hídrica da cultura.
Os resultados obtidos nessas regiões demonstram que, independentemente das condições climáticas, a irrigação por gotejamento é uma ferramenta essencial para garantir a produtividade e a sustentabilidade da cafeicultura.
A Netafim, empresa líder e pioneira em irrigação por gotejamento, tem se destacado como uma grande parceira dos cafeicultores brasileiros, oferecendo soluções completas que vão desde o projeto e instalação até o suporte na operação dos sistemas de irrigação. “A empresa entende que cada região e cada lavoura têm suas particularidades, por isso trabalha com tecnologia de ponta e consultoria especializada para garantir que o produtor obtenha o máximo de eficiência no uso da água e dos fertilizantes”, explica Tosta.
Com o avanço da adoção do gotejamento na cafeicultura, a Netafim está expandindo sua presença e suporte técnico no campo, garantindo que cada produtor tenha o acompanhamento necessário para maximizar os benefícios da tecnologia.
Para aqueles que ainda estão indecisos sobre a implantação do gotejamento, Tosta é categórico: “Hoje, a imprevisibilidade climática é uma das maiores ameaças à produtividade e à qualidade do café. O gotejamento permite um controle preciso da água e, para os produtores que já adotaram essa tecnologia, a mudança foi definitiva. Com os preços do café em alta, esta é a melhor hora para investir.”