O AgroGalaxy, uma das maiores varejistas de insumos agrícolas do país, atualmente em recuperação judicial, apresentou hoje seus resultados no terceiro trimestre de 2024, com um salto de 1.679% no prejuízo líquido ajustado em relação ao mesmo período de 2023. A cifra saltou de R$ 88,7 milhões para R$ 1,58 bilhão no comparativo dos trimestres.
No mesmo período, o Ebitda, que é o lucro apurado antes da incidência de impostos, juros, amortização e depreciação, ficou negativo em R$ 1,2 bilhão de julho a setembro do ano passado. No mesmo período de 2023, a companhia havia apresentado resultado positivo de R$ 74,4 milhões. Foi registrada também queda da receita líquida da empresa, de 48%, que ficou em R$ 1,2 bilhão.
O mercado de ações reagiu fortemente à divulgação do resultado da empresa. As ações da companhia despencaram 12% na B3, a bolsa do Brasil, cotadas a R$ 0,64, segundo dados do meio da tarde desta terça-feira. O AgroGalaxy havia adiado duas vezes a divulgação dos resultados do terceiro trimestre.
O CEO da empresa, Eron Martins, argumentou que o histórico recente do agronegócio brasileiro e mundial – que saiu de um cenário favorável até 2022 para as dificuldades enfrentadas desde então – influenciou os resultados do AgroGalaxy. Martins citou como fatores favoráveis os fatos de a empresa ter assinado acordos com fornecedores, de ter feito “uma ou outra” compra à vista e conseguido trabalhar a confiança do produtor. Esses fatores permitem ao AgroGalaxy voltar a fazer negócios.
“Nesse momento, nossa equipe está empenhada em fazer as compras através do time de suprimentos para entregar os valores que tínhamos para o primeiro quarto [trimestre] de 2025”, afirmou o CEO. Ele acrescentou que o acordo firmado com o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC) Terra Magna é outro fator positivo para os negócios da companhia. Com esse acordo, a companhia garante a retomada de uma importante fonte de recursos para o financiamento da venda a prazo aos produtores rurais.
