Produtor tem dúvida sobre como financiar a safra, revela Fiesp

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farmer agronomist in soybean field checking crops before harvest. Organic food production and cultivation.
farmer agronomist in soybean field checking crops before harvest. Organic food production and cultivation.

Pesquisa da Fiesp com 514 produtores agropecuários de todo o Brasil mostra que 29% dos agricultores e 35% dos pecuaristas não pretendem buscar financiamento para a próxima safra. A maioria deles prefere usar recursos próprios, e o motivo dessa decisão são os obstáculos na obtenção de crédito ou financiamento. Dentre os entrevistados do Monitor de Tendências do Agronegócio Brasileiro54% apontaram as taxas de juros altas e 23% indicaram exigências burocráticas e processo de aprovação lento como as principais dificuldades.

O mesmo levantamento aponta que 69% dos agricultores e 52% dos pecuaristas obtiveram algum tipo de financiamento na última safra, sendo o principal objetivo a aquisição de insumos e equipamentos. Entre aqueles que financiaram sua operação, 33% buscaram crédito em bancos oficiais, 17% em bancos privados, 15% em revendas e 13% em cooperativas de crédito.

O Monitor de Tendências do Agronegócio Brasileiro mostra que o custo inicial elevado e o custo do crédito também são os principais desafios enfrentados pelos produtores agropecuários brasileiros para investir mais em tecnologia.

Tanto na agricultura, quanto na pecuária, agrônomos, consultorias e indústrias/ fabricantes são os que mais auxiliam na tomada de decisão sobre quais tecnologias adquirir. A pesquisa indica também que 58% dos respondentes são adotantes de tecnologia intermediários, isto é, costumam adotar novas tecnologias após observarem outros colegas; 20% são adotantes pioneiros, ou seja, são os primeiros a adotar e experimentar novas tecnologias, enquanto 19% são adotantes tardios – aguardam até que uma nova tecnologia se torne comum antes de adotá-la.

Outro detalhe que chama atenção é o setor em que cada perfil investigado mais investe em tecnologia. Entre os agricultores se destacam a análise de dados e os investimentos em bioinsumos, enquanto os pecuaristas mencionaram a nutrição animal como foco. Ainda segundo a pesquisa, para a safra atual, os agricultores pretendem investir mais em calcário (18%), manter o investimento em defensivos (79%), investir menos em máquinas e equipamentos (23%) e não investir em irrigação (75%).

Entre os pecuaristas, a tendência é de maior investimento em reforma, recuperação de pastagem (28%) e manutenção dos mesmos patamares de investimento em concentrado (70%).

Encomendado pelo Departamento do Agronegócio da Fiesp à Kynetec Brasil, o Monitor de Tendências do Agronegócio Brasileiro entrevistou produtores de todos os portes e das principais culturas, com base na sua participação no valor bruto da produção agropecuária: grãos, cana-de-açúcar, café e pecuária. Os objetivos do levantamento são observar padrões de comportamento, expectativas e tendências dos agentes que atuam no agronegócio e identificar a necessidade de elaboração ou melhoria de políticas públicas para o setor, além de fornecer subsídios para o planejamento estratégico das agroindústrias.

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