Grupo Frisa Frigorífico e MSD Saúde Animal contra marcações no gado

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Um projeto definido entre o Grupo Frisa Frigorífico e a biofarmacêutica MSD Saúde Animal trará um reforço do bem-estar animal ao setor agropecuário. Foi definida uma ação que irá identificar visualmente os animais dos confinamentos Frisa na chegada à propriedade, o que permitirá a redução de mais de 400 mil marcações a fogo, uma prática permanente e dolorosa que atinge diretamente a pele do animal. O projeto teve início em outubro.

Hoje, ao chegar ao confinamento, o animal adulto recebe marcações pela dentição, referência de idade do bovino, e pelo lote que irá compor. A partir de agora, com o uso dos identificadores visuais de cores distintas para separar os animais por critérios pré-estabelecidos, como número de dentes, cerca de 110 mil bovinos do Grupo Frisa terão, em média, quatro marcações a menos.

“Nossa expectativa é que esse projeto traga benefícios tanto para o bem-estar dos animais quanto para o financeiro da fazenda. Isso porque acreditamos que o estresse de brincar o animal seja muito menor do que o da marcação a fogo. Então, a recuperação do animal frente àqueles que passaram pelo processo doloroso da marca a fogo vai ser bem mais rápida, refletindo em melhor desempenho e ganho de peso, bem como na redução do desenvolvimento de afecções”, afirma Marcos Flávio T. Pereira, Diretor de Originação e Relações Institucionais do Grupo Frisa.

O profissional ainda complementa: “Sem falar que o formato da identificação vai viabilizar a descrição tanto do lote quanto da dentição em um elemento visual único, devido a cor e ao número, enquanto na marcação a fogo teríamos que colocar de dois a três carimbos para o lote e mais um para dentição. Assim, além de reduzir o ato em si da queimadura, do estresse e dos riscos para os manejadores, vai ter uma redução de quatro procedimentos para somente um, com menos intensidade e estresse para os animais”.

O projeto é de suma importância para o avanço do bem-estar animal, conforme detalha o médico-veterinário Jorge Tadeu Z. Filho, consultor de pecuária da MSD Saúde Animal, que integra a realização da iniciativa. “Brincar os animais com o intuito de reduzir a marcação a fogo é uma iniciativa que reforça a mudança de mentalidade e de prática do setor, trazendo as novas tecnologias para dentro da porteira e aperfeiçoando o manejo de baixo estresse, que prioriza uma vida produtiva digna ao animal”, afirma. 

Ainda segundo o médico-veterinário, a marca a fogo prejudica o desenvolvimento do animal por ele sentir dor e incômodo, afetando diretamente seu bem-estar. Ao reduzir (até eliminar) o uso dessa prática, valorizando outras formas de identificar o gado, há diversos benefícios envolvidos. “A identificação animal permite colher informações valiosas para a tomada de decisões e realizar um gerenciamento assertivo dos animais, já que atribui um número único e exclusivo a cada animal, que não muda durante sua vida útil. Também tem o benefício direto de não causar sofrimento ao gado e permitir um manejo menos estressante para todos, com mais precisão e agilidade. Outro ponto é a segurança alimentar proveniente da prática, já que permite rastrear o histórico do gado”, destaca. 

O avanço do bem-estar animal
Com o mercado consumidor cada vez mais interessado no sistema produtivo e na relação ética com os animais produzidos, o bem-estar animal é tema de atenção entre os pecuaristas. Nesse cenário, o avanço da inteligência de dados e de recursos tecnológicos, como a identificação animal, é de grande valia e permite ao Brasil consolidar ainda mais sua transparência e liderança na produção da proteína animal, agregando valor ao produto final e antecipando a necessidade dos negócios futuros.

Como uma incentivadora desse avanço digital, a MSD Saúde Animal atua justamente para que a tecnologia seja mais acessível e esteja cada vez mais presente nas propriedades brasileiras. Além disso, paralela a essa jornada tecnológica, a biofarmacêutica aposta em programas como o Criando Conexões Multiespécies, que tem como objetivo multiplicar o conhecimento sobre o manejo de baixo estresse e promover o bem-estar animal. 

“De forma simples, as técnicas utilizadas promovem a criação de conexões entre homem e animal por meio de interações positivas durante todo o processo de manejo, dispensando a necessidade de instrumentos que possam assustar ou ferir os animais. Combinando esse conceito de gestão com boas práticas inovadoras e novas tecnologias, podemos aprimorar cada vez mais a qualidade e produtividade dos rebanhos”, destaca Antony Luenenberg, coordenador de bem-estar animal para Ruminantes da MSD Saúde Animal. 

O Grupo Frisa, em seu processo de melhorias contínuas ao sistema de produção, também faz parte dos treinamentos do Criando Conexões Multiespécies. “É um programa que ajuda muito no manejo do confinamento. Conseguimos criar uma relação de confiança com o gado e, com isso, temos um animal mais tranquilo no dia a dia, refletindo positivamente na qualidade da ronda e no desempenho produtivo”, pontua o médico-veterinário Ronaldo Albuquerque, Analista de Originação do Frisa. 

Quem também aprova o programa é Ricardo Willyans Brandão, Coordenador de compra de gado do Grupo: “Acreditamos que o bem-estar não é mais o futuro e, sim, o presente da pecuária, e o programa Criando Conexões, agora com o reforço do projeto de redução da marca a fogo, ajuda a gente a tornar cada vez mais o bem-estar animal uma realidade dentro das nossas unidades de confinamento”.

 

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