Integração de múltiplas tecnologias é fundamental para garantir produção sustentável e alimentos saudáveis
Governo Federal anunciou a formalização de um plano para redução do uso de agrotóxicos, no bojo do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Portaria Interministerial 7), lançado pelo presidente Lula nessa quarta-feira (16). O objetivo é garantir ‘‘produção sustentável e alimentos mais saudáveis’’, com a substituição de defensivos químicos por bioinsumos.
Garantir alimentos mais saudáveis é objetivo fundamental das empresas associadas à CropLife Brasil (CLB), que têm alto compromisso em relação ao tema. Nesse sentido, é imprescindível que qualquer decisão ou política pública seja baseada em evidências científicas e implementada de forma técnica, destacando que agrotóxicos utilizados no Brasil são, sem exceção, rigorosamente analisados e aprovados por três órgãos federais, antes de serem disponibilizados para os agricultores.
A CLB acredita e defende uma abordagem focada na promoção de boas práticas agrícolas. Fomentar a inovação por meio de aprovação célere de novas tecnologias permitiria o acesso a produtos mais eficientes e sustentáveis para os agricultores. Essa também deveria ser uma prioridade do governo. Nesse sentido, o setor oferece tecnologias de aplicação, precisão e monitoramento de pragas, que aumentam a eficiência e diminuem o impacto ambiental. A indústria investe em soluções modernas e sustentáveis para oferecer as melhores soluções para cada tipo de aplicação aos agricultores brasileiros, incluindo os bioinsumos. Além disso, atua em parceria com o governo para combater produtos ilegais (ou piratas) e capacitar agricultores e aplicadores para o uso correto e seguro dos produtos.
No mundo atual, não há mais espaço para uma única solução, mas, cada vez mais, caminhamos para a utilização de múltiplas tecnologias que se complementam e exploram o melhor resultado de cada uma delas. Precisamos avançar continuamente no fomento e no uso mais eficaz das tecnologias integradas – produtos químicos e/ou biológicos –, de acordo com o momento e as condições técnicas exigidas pelo ambiente agrícola.
Um plano que visa a diminuição abrupta de defensivos, sem considerar a realidade da agricultura brasileira e as necessidades específicas dos produtores, pode levar a uma queda significativa na produtividade, comprometendo o abastecimento de alimentos, fibras e energias renováveis, bem como a competitividade do Brasil no mercado global.
A CropLife Brasil, como representante dos setores de defensivos químicos e produtos biológicos, está pronta para participar desse debate e garantir produção sustentável e alimentos saudáveis.
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