26 de setembro de 2024

Encontro Scot sintoniza a pastagem necessária!

Evento termina nesta quinta-feira, dia 26 de setembro, debatendo  manejo do solo e integração lavoura e pecuária

“Abra caminho para mudar os velhos hábitos e os mitos do manejo de pastagens”. A sugestão de Janaina Martuscello, autora do livro ‘Seu dinheiro é capim’ e administradora do instagram ‘@forragicultura_e_pastagens’, marcou a manhã desta quinta-feira, dia 26, na abertura do painel de manejo do Encontro de Intensificação de Pastagens, promovido pela Scot Consultoria e que reúne quase oitocentos participantes para debater temas como manejo de pastagens, mercado, inovação, estratégias de recuperação de áreas degradadas e integração lavoura-pecuária. Gente que representa 217 municípios de 18 estados mais o Distrito Federal. O Encontro sintoniza os maiores nomes do mercado agropecuário em uma estação única de conhecimento, com palestras, debates e networking, dividido em blocos temáticos que abordam assuntos essenciais para o setor. Cada bloco termina com um debate ao vivo, onde o público pode participar e enriquecer a discussão. Entre os blocos de palestras, intervalos de café criam um ambiente propício para fazer networking, trocar ideias e firmar parcerias.

Também participaram da atividade da manhã Sila Carneiro, da Escola de Agronomia da Universidade de São Paulo (ESALQ – USP); Felipe Moura, dono da Pastus Agrotecnologia, e Luis César Dias Drumond, da Universidade Federal de Viçosa. “Investir em pivôs e reservatório é caro, porém dá lucro já no fim do segundo ano“, garantiu Luis Drumond. Na parte da tarde, vai ser realizado o painel sobre integração nas fazendas utilizando pecuária e lavouras. Com a presença de Antônio do Nascimento Ferreira Rosa, Chefe-geral da Embrapa Gado de Corte; Sérgio da Silva Freitas, da CMVG Integração Agricultura e Pecuária; Amarildo Pedro da Silva, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e Paulo Carvalho, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. “Não é só o capim que podemos usar para o volumoso. Podemos optar pelo emprego de silagem e pré-secado de milheto no sistema produtivo’, cravou Amarildo Pedro da Silva.

A edição 2024 está organizada em quatro blocos: mercado, oportunidades, manejo e integração lavoura-pecuária. O bloco de mercado foi o primeiro, com a participação dos palestrantes Alcides Torres, Pedro Gonçalves, Felipe Fabbri, Ana Paula Oliveira e Alex Lopes. Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria, abriu os trabalhos falando sobre preço, abate e demanda interna e externa. Felipe Fabbri, coordenador do time de inteligência de mercado da Scot Consultoria, subiu ao palco logo depois para palestrar sobre o mercado de grãos e expectativas para a próxima safra. “Atenção ao mercado: colheita nos EUA, clima, estoques baixos, demanda elevada e geopolítica”, aconselhou. Em seguida, Pedro Gonçalves, analista de mercado da Scot Consultoria, trouxe perspectivas para a área de pastagens, produtividade, além de abordar a virada da fase do ciclo pecuário para a reposição. “84% do gado brasileiro abatido é proveniente do pasto, logo, nossa principal lavoura é a pastagem”, decretou.

Ana Paula Oliveira, por sua vez, usou seu tempo para lançar o ‘Circuito Cria’, nova expedição da Scot Consultoria. “Vamos visitar propriedades de pecuária de cria para entender a realidade do segmento em termos de gestão, genética e nutrição”, contou. Alex Lopes, gerente de estratégia de compra de gado LATAM na Minerva Foods, falou sobre como as últimas movimentações geopolíticas têm mexido com o setor agropecuário e as oportunidades em relação à demanda dos principais mercados internacionais. “Direcione sua oferta conforme as exigências do mercado”, orientou. A manhã foi encerrada com um debate que contou com todos os palestrantes do bloco e mais dois convidados: Marcos Flávio, diretor geral de originação e relações institucionais no Frisa Frigorifico, e Rodrigo Sato, gerente de exportação na Barra Mansa Alimentos. “Precisamos fazer mais ‘boi x-tudo’ porque nós estaremos prontos para atender todo mundo”, ratifica Marcos Flávio, que falou sobre a importância do planejamento para atender o mercado internacional. “O grande diferencial da pecuária brasileira é sua capacidade de se adequar , é isso que nos posiciona como protagonistas na produção mundial”, cravou Rodrigo Sato sobre sobre o que considera ser o grande diferencial da pecuária brasileira.

À tarde, os palestrantes focaram nas oportunidades para o setor. Participação de Fábio Gonçalves, Gerente Geral de Fazendas do Grupo Vilela de Queiroz – Expresso Barretos, Elinaldo Paniago, produtor rural, e Jefferson Piccini, Gerente de Soluções do Banco do Brasil. Fábio trouxe um estudo de caso. “O capim é como a soja, se você passar do período de colheita, vai perder. A diferença é que aqui a colhedeira é a boca do boi”, indicou. Logo depois, Elinaldo Paniago, proprietário da Fazenda Saltinho e referência em termos de bonificações e sustentabilidade, subiu ao palco para falar sobre planejamento, ILP e a chamada ‘quarta safra’, com créditos de carbono. “A semente é no máximo 20% do custo de todo o investimento e uma boa pastagem começa na escolha de uma boa semente. Lembre-se de que caro é manter um pasto ralo”, criticou. gerente de soluções do Banco do Brasil. A última palestra foi conduzida por Jefferson Piccini, especialista que falou sobre alternativas e oportunidades de investimento para o setor. “Um investimento em tecnologia sem gestão e acompanhamento é um gasto”.

O debate do segundo bloco contou com mais quatro convidados: Gracie Verde Selva, Head de Desenvolvimento de Projetos de Pecuária e Florestas da MyCarbon; João Lucas, Head de Sustentabilidade da Barra Mansa/Oranges Alimento; Renato Rodrigues, Gerente de Desenvolvimento de Mercado da Agoro Carbon; e Mário Garcia, diretor da Exagro. “Projeto de crédito de carbono na agropecuária é simplesmente um plus em um sistema que já vem sendo implantado nas fazendas, é um incentivador de boas práticas para produtores com visão de longo prazo”, orientou Gracie Verde Selva. Renato Rodrigues, Gerente de Desenvolvimento de Mercado da Agoro Carbon, subiu ao palco para participar do debate do bloco de oportunidades. “O mercado de carbono tem o potencial de se consolidar nos próximos anos se consolidarmos como o segmento maior produto na nossa balança comercial”, concluiu Renato Rodrigues. O dia terminou com um coquetel, música e degustações de carnes.

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