Apresentar os resultados obtidos com o melhoramento genético na bovinocultura leiteira. Com esse objetivo o Sebrae/SC e a Aurora Coop promovem nesta quinta-feira (20/06), uma missão técnica com visita em duas empresas rurais na região oeste catarinense. As ações de aprimoramento da cadeia láctea fazem parte do Programa Encadeamento Produtivo, que oportuniza conhecimentos e técnicas para melhorar a gestão do empreendimento, a avaliação de oportunidades e a inserção de inovações.
A programação consiste em visita às 9h45 na propriedade de Laudir Bisolo, localizada na Linha Chapada, interior do município de Arvoredo. Na sequência, no período vespertino, a visita será na empresa rural de Ivonei Nespolo, situada na Linha São Geraldo, no município de Concórdia. A intenção é observar a campo os ganhos genéticos e os benefícios proporcionados a esses produtores associados à Copérdia e que fazem parte do projeto Modelo Genético Aurora Coop (MGA). Por fim, às 16 horas, está previsto encerramento com debate sobre as visitas.
De acordo com o gerente corporativo lácteos da Aurora Coop, Selvino Giesel, essa iniciativa evidenciará o progresso genético obtido a partir de características de interesse econômico (produção, qualidade, volume, percentual de proteína e gordura, redução de contagem de células somáticas) e de conformação do rebanho (animais para a produção de sólidos, mais longevos, mais saudáveis, livres de doenças genéticas e que proporcionam melhor rendimento para a indústria e maior remuneração aos produtores).
Genética avançada – Em julho de 2014, a Aurora Coop foi pioneira com o levantamento genético pela técnica de genotipagem do gado leiteiro. A tecnologia foi desenvolvida por cientistas de vários países com apoio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e Universidades do Canadá e EUA. O objetivo foi auxiliar o modelo de seleção genética existente até então, o chamado teste de progênie.
Foram coletadas amostras de 2.500 animais de vários produtores, inicialmente das raças Jersey e Holandesa, para identificar e aferir a situação do patrimônio genético da região, seus pontos fortes e fracos. A análise permitiu conhecer 94 características do genoma dos animais, proporcionando analisar o mapa genético do rebanho, o que inclui informações sobre produção, saúde e conformação. Com base na definição do padrão genético foi desenvolvido o MGA.
O estímulo para a adoção dessa tecnologia foi a constatação de que muitas propriedades apresentavam dificuldades para atender as exigências da Instrução Normativa nº 62 (IN-62) – que estabelece padrões definitivos para a qualidade do leite cru refrigerado –, mesmo com assistência técnica, aperfeiçoamento do manejo, nutrição e outras modalidades de apoio e assistência. Isso porque muitos problemas estavam relacionados à genética, a exemplo de doenças deletérias e imperfeições no composto de úbere, composto de patas e pernas.
Esse investimento proporcionou informações para que os empreendedores rurais pudessem tomar as melhores decisões no uso da genética, atendessem a legislação vigente, maximizassem os ganhos e produzissem um leite de melhor qualidade, com mais sólidos, animais mais saudáveis e com maior longevidade. Além de contribuir para que o empresário rural e a indústria obtivessem melhor rendimento.
As ações para melhoramento na cadeia láctea prosseguiram após a genotipagem. Atualmente, são realizados o Controle Leiteiro das Filhas do MGA, Modelo Genético Próprio (MGP), Análise Genômica e Controle Morfométrico das Filhas do MGA. Como resultados obtidos estão a melhoria nos sólidos do leite, diminuição das taxas de doenças genéticas nos animais, correção dos aprumos, sistema mamário e características de estrutura e aumento nos índices de saúde e bem-estar animal.
Encadeamento produtivo – A iniciativa é do Sebrae e da Aurora Coop com o apoio de vários parceiros. Em Santa Catarina com Senar, Sescoop, Sicoob, Cooperalfa, Itaipu, Auriverde, Coolacer, Copérdia, Caslo, Cooper A1, Copercampos e Coopervil. No Rio Grande do Sul, conta com a parceria do Sebrae, Sicredi, Cooperalfa, Cooper A1, Copercampos e Copérdia. No Paraná participam o Sebrae, a Cooperalfa, a Copérdia e a Cocari e, no Mato Grosso do Sul, Sebrae, Cooasgo e Cooperalfa.
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