Iniciando a sua 10ª edição consecutiva, o Rally Cocamar de Produtividade visitou no dia 17 último a família do cooperado Armando Pauro, que é casado com dona Elenir, união da qual nasceram a filha Queile e os filhos Luiz César e Igor. Dedicada ao cultivo de grãos no município, a família promove um compartilhamento da gestão dos negócios, o que assegura um processo natural de sucessão. Além de Luiz César e Igor, também está diretamente envolvido nas atividades o marido de Queile, Paulo.
Em sua trajetória por terras brasileiras, o avô de Armando, o imigrante italiano Antônio Pauro (ou Pauro Antônio, inversão comum do nome de batismo em alguns países europeus), viveu primeiramente no interior de São Paulo, com seus familiares, prestando serviços em lavouras. Lá ele se casou com Ângela Portelo e ambos tiveram quatro filhos – João, Armando, Rubens e Edna.
No dia 12 de outubro de 1963, depois de tanto ouvirem falar nas oportunidades que surgiam no norte do Paraná, os Pauro desembarcaram na promissora São Jorge do Ivaí, onde adquiriram uma pequena propriedade. E, diferente da maioria dos produtores, que sonhavam fazer a vida com café, eles optaram por lidar com gado, engordar porcos e manter cultivos de subsistência, como milho, arroz e feijão. Situada em uma região plana, São Jorge possui um solo privilegiado, com 70% de teor de argila, em média.
Antigo cooperado da Cocamar e trabalhando com maquinários e equipamentos John Deere, Armando foi um dos primeiros produtores de São Jorge a apostar na cobertura do solo utilizando braquiária consorciada com milho, incentivada pela cooperativa. E ele nunca deixou, também, de fazer o manejo do solo com a correção periódica com calcário.
Relembrando um pouco da história familiar, Armando conta que quando o café começou a perder espaço na região, uma cultura mantida nas entrelinhas dessa lavoura, a soja, expandiu-se rapidamente como uma interessante alternativa de renda.
Para agilizar a mecanização, em 1972 os Pauro compraram o seu primeiro trator, um pequeno MF 55X, com o qual trabalhavam em suas terras e prestavam serviços. “Em 1974 a gente começou a comprar terras”, diz Armando, citando que a quantidade de proprietários interessados em vender aumentou muito em 1975, após a geada negra que dizimou os cafezais. “Era comum aceitarem qualquer negócio, até a troca de terras por caminhão”, menciona. Em 1976, a Cocamar inaugurava na cidade um de seus primeiros armazéns graneleiros, o que impulsionou a mecanização.
Campeão – A família do casal Armando e Elenir já chegou à terceira geração, com duas netas e dois netos, dos quais Yan, de 11 anos, filho de Queile e Paulo, não apenas se mantém muito ligado à vida no campo – seu ambiente, afinal, desde quando nasceu – como se tornou praticante de um esporte equestre de características rurais, o Três Tambores.
Trata-se de uma prova de habilidade e velocidade, em que o conjunto cavalo e cavaleiro realiza um percurso determinado contornando três tambores dispostos de forma triangular no menor tempo.
Cursando atualmente a 6ª série, Yan, desde os cinco anos se envolve com os Três Tambores, o que exige dele muito treino e disciplina. Montando um cavalo e uma égua da raça quarto-de-milha, o menino participa com destaque em sua categoria de competições promovidas pelo Paraná e pelo país, o que já se tornou um programa rotineiro para os pais que, é claro, o acompanham nesses eventos.
As baias que alojam os animais, bem como a pista de treinamentos, ficam na própria chácara onde a família reside e impressiona a quantidade de troféus, medalhas e fivelas já conquistados por Yan e dispostos em seu quarto, entre os quais dois títulos mexem ainda mais com o próprio orgulho e o de seus familiares: o de reservado campeão nacional e campeão paranaense.
Tão novo e já com tantos reconhecimentos, o menino desponta como um expoente no esporte e atribui tal performance ao incentivo e ao apoio principalmente de seus pais.
Sobre o Rally – Iniciativa técnica, de relacionamento e comunicação, o Rally Cocamar de Produtividade é uma realização da Cocamar que conta com o patrocínio das empresas Ourofino Agrociência, Sombrero Seguros, Sicredi Dexis, Fertilizantes Viridian, Nissan Bonsai Motors e Texaco e o apoio do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), Aprosoja/PR e Unicampo.
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