12 de setembro de 2024

O ‘mistério’ da safra de soja 2023 – 2024! Riba Ulisses

Dois números divulgados no mesmo dia expõe a fragilidade dos levantamentos nacionais sobre plantio e colheita de grãos no Brasil.
Assunto que essa coluna vem acompanhando há seis meses.
Batendo na tecla de que os institutos públicos e privados são sérios, trabalham bem, mas estão divergindo demais.

Veja o caso desta quarta-feira, dia 11 de setembro.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o 12º e último levantamento da safra 2023 – 2024.
E cravou: vamos colher 147,38 milhões de toneladas, 7,23 milhões de toneladas a menos do que a safra anterior, em 2022 – 2023.
A Companhia informa que a queda é culpa do atraso do início das chuvas, das chuvas raras e altas temperaturas nas áreas semeadas entre setembro e novembro passado, nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e na região do Matopiba.
Situação que causou replantio  e perda de produtividade.
Só em Mato Grosso, principal estado produtor da oleaginosa, a produção ficou em 39,34 milhões de toneladas, quebra de 11,9% na comparação com o primeiro levantamento ou 15,7% ao se comparar com a safra passada. No Rio Grande do Sul, o excesso de chuva também prejudicou a produção da oleaginosa.

Porém, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) informou que a mesma safa de soja deve ficar em 153 milhões de toneladas.
Seis milhões acima do quadro visto pela Conab.
De onde vem tamanha diferença?
O mesmo volume a mais da previsão inicial de colheita, bem otimista, feita ainda no ano passado, antes das novidades trazidas pelo clima, que batia em 160 milhões de toneladas.
Como explicar?
O Agro Brasil está ficando grande e complexo demais para nossos estudos e levantamentos!

 

 

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