O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu hoje (18/09), por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano. O anúncio foi feito no início da noite. Essa foi a primeira elevação desde agosto de 2022. A decisão, segundo o comitê, levou em consideração a evolução do processo de desinflação, os cenários econômicos avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis.
O comunicado do Copom cita também a inflação medida pelo IPCA cheio se situou acima da meta para a inflação. “As expectativas de inflação para 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,4% e 4,0%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o primeiro trimestre de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,5% no cenário de referência”, explica o comitê.
O ambiente externo, acrescenta o comunicado, permanece desafiador, em razão do momento econômico dos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos de desaceleração e desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Banco Central americano, o FED. “O Comitê avalia que o cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes.”
Estados Unidos – Horas antes, ainda nesta quarta-feira, o FED anunciou uma redução na taxa de juros, a primeira desde março de 2020. O corte de 0,5 ponto percentual, índice que surpreendeu o mercado. A redução já era esperada, mas num patamar menor. A taxa de juros no Estados Unidos deverá ficar entre 4,75% e 5%.
O comunicado divulgado pelo FED indica que a autoridade monetária americana pretende fazer uma nova redução da taxa ainda este ano, também de 0,5 ponto percentual. O banco anunciou que revisou para baixo a previsão de inflação deste ano para 2,3% e para 2,1% no ano que vem. A FED trabalha com uma estimativa de desemprego de 4,4% este ano e no ano que vem.
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