14 de março de 2013

A ABCZ vai desenvolver pesquisa com clones tabapuã

Presidente Duda Biagi junto com técnicos da ABCZ para a marcação dos clones / Foto: Miguel Júnior.

Os seis clones de fêmea da raça tabapuã que foram marcados nesta semana com a numeração do registro de nascimento serão objeto de pesquisa científica coordenada pelo superintendente técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian. O fato inédito chamou a atenção do meio pecuário pois a possibilidade de ter uma quantidade relevante de animais com carga cromossômica idêntica e praticamente da mesma idade é rara, e até então esteve condicionada ao nascimento de gêmeos univitelinos.

As seis bezerras que pertencem ao criador Giorgio Arnaldi, da Fazenda Buona Sorte foram produzidas por método de transferência nuclear são cópias da vaca Ribalta da Araguaia que integra o quadro de matrizes avaliadas do PMGZ e expressou índices muitos superiores para as características de eficiência zootécnica. “A Ribalta nunca viu baia na vida. Ela pariu aos 34,4 meses, tem 11.6 meses de intervalo entre partos e as desmamas foram superiores ao elite. Na 12ª cria, em regime de pasto, ela nos deu o Beethoven, que foi melhor touro jovem do ranking 2009/2010 e está em central. A vaca tem 20 anos hoje e ainda é doadora de embriões. Então o animal demonstrou habilidade materna, longevidade, precocidade e por esses motivos foi escolhido para ser clonado ”, explica Arnaldi.

A pesquisa vai ser desenvolvida em Goias, dentro da fazenda Buona Sorte, que está no município de Mozarlândia. Luiz Josahkian destaca que o estudo é único porque, em tese, vai analisar o desenvolvimento do mesmo animal em diferentes situações e ao mesmo tempo. “Nós vamos conduzir pesquisas neste sentido, principalmente considerando a interação genótipo ambiente. Um dos aspectos mais fantásticos que há na clonagem é possuir um material genético que permite você acompanhar as respostas em ambientes diferentes, algo que é uma curiosidade, e que todo o mundo científico tem. Vamos descobrir como o mesmo animal vai se comportar dentro de uma cocheira comendo ração, confinado em outro tipo de regime alimentar e a pasto”.

As seis bezerras que tem entre 7 e 8 meses de vida foram marcadas com o número da série do criador e vão ter o mesmo nome do animal de onde foram originadas com a sigla TN, que significa transferência nuclear, como determina o regulamento do Serviço de Registro Genealógico.

A diretoria da ABCZ, vários membros da equipe executiva e o presidente Eduardo Biagi acompanharam o serviço e ajudaram a fazer as marcas a ferro para registrar de forma simbólica a parceria entre a entidade e o criador no estudo dos clones.

Fonte: Site ABCZ

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