Estes e outros temas, como baixos estoques e novidades tecnológicas, estiveram na pauta do 24° Seminário Internacional do Café em Santos, com participação da Faesp
A Comissão Técnica de Cafeicultura da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) participou do 24º Seminário Internacional Café, encontro bienal, realizado este ano pela primeira vez em Santos, entre os dias 21 a 23 de maio, no Blue Med Convention Center. O evento reuniu cerca de 600 convidados e representantes de mais de 20 países, entre produtores, pesquisadores e representantes da indústria de café de todo o mundo para discutir os desafios e as tendências do setor. Guilherme Vicentini, Marina Marangon Moreira, respectivamente coordenador e assessora da Comissão Técnica da Cafeicultura, e Marco Antônio de Oliveira, chefe-adjunto da Divisão de Formação Profissional do Senar, representaram a federação no encontro.
Durante o Seminário, foram apresentados estudos e pesquisas sobre o mercado mundial de café, as novidades tecnológicas na produção e colheita, as tendências do consumo e o fluxo do comércio global em tempos de ESG. A diretora executiva da Organização Internacional do Café (OIC) e primeira mulher a assumir a posição, Vanusia Nogueira, foi uma das palestrantes e falou sobre os desafios relacionados ao ESG nas áreas de produção: “Precisamos trabalhar as questões climáticas nas áreas de produção do café no mundo e os desafios sociais, como os jovens que não querem ficar no campo e o posicionamento das mulheres”. Houve debates entre diretores-executivos de grandes empresas do setor, como Teddy Esteve, do Grupo Ecom; Ben Clarkson, da Louis Dreyfus Company (LDC); e Trishul Mandana, da Volcafé, que fizeram uma análise global da produção e demanda.
O futuro da cafeína e novas formas de consumo foi tema da conversa entre Giuseppe Lavazza, chairman da Lavazza, empresa italiana considerada uma das maiores da Europa; Cyrille Jannet, da americana Keurig Trading; e Francisco Gómez, CEO da divisão de café da Colcafé. “Foram discussões muito boas, de alto nível, ficou claro que o setor cafeeiro tem buscado se atualizar, que está atento às mudanças e preparado para acompanhar essas transformações. O produtor brasileiro está engajado na busca de estratégias para permanecer sendo o principal produtor e exportador de café do mundo”, conta Marina Marangon. Além das palestras e debates, o evento contou com uma feira de negócios, onde os participantes entraram em contato com as inovações em equipamentos, insumos e tecnologias para a produção e processamento do café. “Eventos como esse são essenciais para acompanharmos de perto todo o movimento mundial da cadeia do café. Essas discussões trazem à tona muitas ideias e criam ambiente favorável à projeção do café do Brasil”, afirmou Tirso Meirelles, presidente da Faesp.